quinta-feira, 29 de setembro de 2016

MINHA ÉPOCA DE PLÍNIO AYROSA

DESCOBRI QUE ESTE É UM TEXTO VIVO, pois está em constante modificação, graças à colaboração de meus amigos que aos poucos vão aparecendo e relembrando de pessoas e situações. Sem mais delongas, vou lhes contar como foi a minha visão no meu tempo de escola, especificamente no Plínio Ayrosa, que entrei em 1983, aos seis anos de idade (eu faço aniversário em Maio).
Eu morava longe daquela escola, mas meus pais queriam que eu estudasse lá. Escola municipal naquele tempo era considerada modelo. Tentaram até que conseguiram me matricular na “EMPG Plínio Ayrosa” (Quantos cabeçalhos eu não tive de escrever assim? Só que hoje mudou para EMEF), na Rua Tomás Ramos Jordão, perto da Avenida Itaberaba, Freguesia do Ó – São Paulo.
A perua escolar da “Tia Venina” me levava e trazia. Quando entrei pela primeira vez, vi aquele mar de crianças e me assustei, não quis ficar, mas a professora, “Tia” Vera, bondosa e paciente, me levou pra fila e depois pra sala. Antes de subir, cantávamos o Hino Nacional – Tempos de 1.ª A. No ano seguinte, na 2.ª B, achei que não iria conseguir ficar longe da “Tia” Vera, mas consegui uma substituta à altura, Sueli, tão doce quanto. Já na 3.ª B, a Prof.ª Ayako era rigorosa, mas sempre me tratou muito bem.
4.ª C, agora com três professoras (HermíniaTamara e Marilene) e depois na 5.ª C, meu melhor ano naquela escola, com vários professores. Naquele ano recebi o apelido de “Riquinho”, por causa do meu penteado. Quem me apelidou foi meu grande amigo Fábio Nascimento Silveira “Luneta”, que estava na mesma sala que eu. Todos os dias, antes de ir pra escola, eu passava na casa dele. E lá íamos os três: Eu, ele e a irmã gêmea dele, a Fabiana. Quem nos acompanhava algumas vezes era um vizinho dele, chamado Renato, que estava na oitava série, ou então outra vizinha dele, chamada Alessandra (Ambrósio?), que estudava com a gente.
Vista interna. Mudou, mas não muito.
Digo que foi meu melhor ano porque a classe era unida. Estávamos sempre juntos, brincando, estudando... Era ótimo! Eu usava um rabinho ridículo estilo Chitãozinho e Xororó, mas que as meninas adoravam – vai entender... – e eu fazia sucesso nas mãos das meninas da oitava série. Pra falar a verdade eu sentia vergonha... Eu lembro que nas aulas vagas, elas iam pra lá, me pegavam no colo, me beijavam (tinha uma que me mordia!), ou seja, para um garoto de dez anos: Motivo de pânico. Pra citar mais alguns nomes daquela sala: Andreia Oliveira PontesNazaréFabiana Eugênio (uma morena alta que sentava na carteira atrás da minha), Fernando (que estourou o tímpano numa queda de bicicleta), Rui  Faria (o mais alto da sala), irmão do Ronaldo Faria (que gaguejava quando ficava nervoso).
Se na 5.ª série, meu ano foi maravilhoso, não posso dizer o mesmo da 6.ª B, onde sofri bullying demais. Especialmente de dois primos que estudavam ali comigo. Um japonês chamado Márcio Hideo e seu companheiro Denis “Damião”, que acompanhados de Flávio, filho do professor de matemática ZinhoValmir (que era baixinho, briguento e primo do Fernando) e Márcio Vieira, faziam o terror. E não estou falando apenas do apelido que me deram (“Toinho”), mas das sessões bárbaras de pancadaria. Até algumas meninas participavam daquilo! (Quando querem, crianças sabem ser diabólicas) Mas enfim, tinha coisa boa também. Toda vez, antes de ir pra escola, eu e meu grande amigo Jefferson de Almeida Teixeira – nós pegávamos o mesmo ônibus – passávamos na casa do Leonardo Prates, na Rua Montes Claros. Às vezes o Umberto Gomes Iorio – que também estava na mesma classe que a gente – também ia pra lá (lembro-me perfeitamente de um dia em que nós quatro ficamos imitando o grupo Oingo Boingo tocando a música “Stay”. Simplesmente hilário...). Outra coisa hilária foi o time de futebol “Os caveiras” – Sem comentários...  – Pra citar alguns nomes de pessoas que estudaram naquele ano comigo: Herica Hermenegildo, Cátia Regina (ela era vizinha do Maurício “Chapolim” e a gente voltava junto pra casa – eu pegava ônibus na Avenida de trás da casa dela. Ela era sempre muito divertida)Adriana Novaes (que juntamente com a Cátia, era fã no New Kids on the block), Patrícia Pereira (que era ambidestra. Quando algum professor pedia para que ela escrevesse na lousa, ela trocava de mãos quando cansava. E as duas letras eram muito bonitas!)Viviane Lopes (Que foi uma das pessoas que sempre me tratou muito bem. Também pudera, ela estava sempre de bom humor! Aliás, ela não mudou nada! Nem o jeito de falar e de rir – aliás, que sorriso maravilhoso... – Tinha um sonho de ser aeromoça e conseguiu brilhantemente atuar nesse ramo por anos), minha amiga Ana Paula Guerra, que depois estudou comigo em outras séries também. Aliás, ela disse que adorava quando serviam cachorro quente e macarrão na merenda, que também gostava de jogar vôlei e que passou superbonder na mesa dos professores para colar a bolsa da professora de geografia. Ela também lembrou que de vez em quando a gente hasteava bandeira no pátio externo da escola.
Depois veio a 7.ª A, que manteve boa parte dos alunos do ano anterior, mas desta vez com menos bullying (mas ainda tinha). Por último, a 8.ª C, meu segundo melhor ano naquela escola. A classe unida novamente nos mesmos moldes da 5ª C. Era ano de despedida, já que a escola era somente de primeiro grau.
Agora, tem gente que estudou comigo que eu não consigo me lembrar exatamente de que série, mas que estão vívidas em minha memória. (em ordem alfabética):
Abdael (que dizia que quando crescesse seria arqueólogo. Vivia fazendo desenho de dinossauros. O Ricardo “Nhonho” falou que ele também fazia estrelinhas ninja com latas de refrigerante);
Adalberto (que alguns chamavam de “João grandão”, por ser um dos maiores da escola);
Alessandra Caproni;
Ana Maria (Pelas fotos atuais, ela continua igualzinha! Estudamos juntos no começo, mais ou menos entre 2ª e 4ª séries. Ela andava junto com a Ana Regina);
Ana Regina Pêra (que tinha um irmão mais velho em outra série chamado Adriano, apelido “Pêra”);
Andreia (que era prima do Rodrigo “Pingo”)
Andressa Novaes;
Antonio Carlos Silva “Tonhão”;
Audrey (que andava junto com a Fabíola e com a Rosana Coelho);
B.A. (primo do Jefferson);
Bráulio (que embora fosse pequenininho, tinha um nome comprido pra caracas);
Carla Godoy (que era alvo de desejo de muitos garotos daquela escola e muito gente boa. Ela também era bem brava. Se algum menino passasse dos limites...);
Cláudio “Claudinho”
Cristiane (que tinha unhas enormes e cabelo bem enrolado, comprido e cheio. A gente vivia abraçado. Tinha gente até que achava que a gente namorava);
Cristiane (Kirschnner?) “Pistache” (Muito gente boa. Quem lhe deu esse apelido foi o Fábio Nascimento “Luneta”, porque segundo ele o sobrenome dela era parecido com pistache);
Cristiane Nascimento;
Cristiano Cortez “Kito” (que numa vez, durante uma excursão, veio correndo pra pular na piscina, mas escorregou e desceu sentado até entrar na piscina);
Dárcio (ele falava muito rápido);
Deise (ruiva, de óculos e com sardas. Ela era muito inteligente e também falava muito rápido);
Edson “Bocão”;
Eduardo “Pio” (que era um dos mais populares da escola);
Fabiana Rizzo (que tinha uma risada engraçada. Ela também tinha uma irmã mais velha que estudava uma série acima, a Gal, que volta e meia estava com a gente. As duas eram um barato...);
Fabiano Moura “Chokito” (vascudunhanavalhadoparquedapsôra! – Entendedores, entenderão);
Fábio Camilo (que se tornou jogador de futebol profissional com o apelido de “Nenê”);
Fábio Souza (que se casou com a Lílian Castro. Eles namoraram desde aquela época...);
Fabiola Huziyama (andava junto com a Audrey e a Rosana Coelho);
Fernanda Francisco (quue adorava dançar “Charme” nos bailes. Ela sempre contava pra gente nas segundas-feiras sobre os rolês do fim de semana. Andava junto com a Cristiane – das unhas compridas – e com a Luciana. Adorava sentar no fundão);
Floriano (que morava na ria de trás da escola. O pai dele tinha uma perua escolar);
Gianni (Que também tinha sardas. Gente boníssima desde aquela época);
Henrique (primo do Adalberto);
Henry (Andava com o Dárcio. Me disseram que ele virou pastor);
Hugo;Isabel Corral, (que disse que tinha até dor de barriga quando o Prof.º Zinho a chamava para a lousa e relembrou de mais gente);
José Carlos (acho que ele tinha um cabelo loiro e escorrido);
Lílian  Castro (que namorava o Fábio Souza. Se não me engano, morava perto da “Playboy”);
Lincoln Masamitsu Uehara (os pais dele tinham o mercado com esse sobrenome);
Luciana (Que só ia de saia comprida pra escola. Muitos a chamavam de “Crente”. Era brava que só! Uma vez bateu em um menino, mas não sei quem. O Edson “Bocão” disse que ela falava muito palavrão...);
Marcelo Siqueira Barbosa (que se dizia punk e adorava desenhar o “Bob Cuspe” nas carteiras);
Márcia;
Márcio Roberto (tinha um irmão das séries anteriores, o Carlos);
Marcus Vinicius;
Marta;
Maurício Visconte Marteli (“Chapolim”, que depois virou “Teleta”);
Michele Beraldo;
Patrícia Andrade (irmã da Shirley);
Renata Ruiz;
Renata Motta;
Ricardo Wilmers “Nhonho” (eu me lembro que uma vez fomos escorregar no barranco que tinha ao lado do escadão, perto do “Britão”, usando tampas de carteira escolar, aconteceu alguma coisa que ele saiu de cima da tampa e desceu se ralando todo);
Robson (que era extremamente tímido e quieto);
Rogério Tamaso “Dumbão” (primo do Eduardo “Pio”);
Rosana Coelho (que adorava usar camisa xadrez. Andava junto com a Fabíola e com a Audrey);
Rosana Dias (que assim como a Carla Godoy, também era alvo de desejo de muitos garotos daquela escola. Ela usava uma franjinha igual a da cantora Rosana. Sempre muito simpática e atenciosa com todos. Ela me disse que na 3.ª e na 4.ª séries, a turminha dela era: Fernanda Oliveira e Cristiane (Kirschnner?) e na 5.ª série, Andréia Fernandes, Lílian Castro, Viviane Jordão e Flávia, filha da professora (Salime?). E que depois ela trabalhou na Editora Abril junto com a Fernanda Oliveira, o Fábio Nascimento e a Rosana Coelho);
Shirley Andrade (irmã da Patrícia);Rosana Dias (que assim como a Carla, também era alvo de desejo de muitos garotos daquela escola. Ela usava uma franjinha igual a da cantora Rosana. Sempre muito simpática e atenciosa com todos);
Shirley Andrade (irmã da Patrícia);
Tadeu (que batia em muitos meninos... A Fabíola disse que ele era bonzinho, mas o Ricardo “Nhonho” discorda...);
Tamara (eu me lembro de que uma situação em que ela me pediu pra ficar com ela e eu, morrendo de vergonha, fugi. Tenho certeza que ela só fez isso pra se divertir às minhas custas, sabendo como eu era vergonhoso);
Vagner Almeida (que morava naquele bequinho atrás da escola);
Vagner Rodrigues, (tinha uma época que eu também passava na casa dele antes de ir pra escola. A gente ouvia um LP que ele tinha do Bomb the Bass, naquela época, a música “Into the dragon” estava fazendo muito sucesso. 1988, para ser mais preciso);
Vânia (que infelizmente já não está mais entre nós, faleceu há alguns anos vítima de problemas no coração. Na 4.ª série, ela e a Viviane Aguiar viviam grudadas);
Viviane Aguiar (loira do cabelo bem liso);
Viviane Araújo;
Viviani Silva (que andava junto com a Renata Ruiz, Viviane Jordão e Ana Regina Pêra);
Viviane Carvalho;
Wilson Mandatti Junior;

Cabe aqui o adendo mais que importante da minha amiga Vanessa “Chiquinha”, que estudou comigo em todos os anos! Ela se lembrou de bastante coisa. Vamos lá: Uma gincana maravilhosa entre as salas que a 7.ª A ganhou (uma das tarefas era fazer uma bandeira do Brasil oficial, com mensurações exatas), alguns dos colegas supracitados e da professora Maria Cristina (de Ciências, bonitona. Aliás, eu me lembrei de que a molecada a chamava – de modo pejorativo –  de “Bozolina”!).
De quem ainda não foi citado, a Gianni Riquelme também se lembrou da professora Elza de Educação Física e do colega Marco Antônio (que era filho do Prof.º Mário de Geografia ). Ela também se lembrou de que o apelido da D. Ermelinda era “ponto e vírgula”. Quem não ficou com medo daquela inspetora ao menos uma vez?
Por falar nessa professora, o Ricardo Wilmers “Nhonho”, lembrou que uma vez acabou a luz da escola e o Adalberto passou a mão nela. No fim das contas, ela levou ele pela orelha e um novato, que tinha entrado naquele ano, apelido “Corintiano” (não sei o nome dele). A contribuição dele ainda é gigante com as fotos que estão ao final do texto. Ele também disse que a Ana Paula Guerra é brava. Será?
A entrada da secretaria não mudou quase nada.
E, claro, que eu não poderia deixar de citar alguns professores: Maria José (que de modo pejorativo era chamada de “Zefa Maceió”. Aliás, ela sofria bullying também... Me recordo uma vez que jogaram merenda no carro dela só porque achavam que ela falava errado e dava aulas de português), Ruy (altão, de Educação Artística), Washington, de geografia (a biblioteca da escola recebeu seu nome, após seu falecimento), Suzette (baixinha, de português, que numa excursão levou a irmã mais nova),a professora de geografia Berenice e o Eduardo Blanco, de inglês. Lembro-me da feição de muitos, mas não do nome neste momento. Talvez eu adicione posteriormente.
Algumas curiosidades:
Marcelo de Jesus Araújo“Marcelinho”, fazia aniversário no mesmo dia que eu, nós nos chamávamos de “irmão gêmeos” por conta disso;
Todos os dias, o Marcelinho levava pão com carne e a gente dividia antes mesmo de descer para o “recreio”;
Por falar em irmãos, o Fábio Nascimento parecia com o Ivan Melo, alguns achavam que eram irmãos;
E já que o citei, uma vez eu e o Fábio fizemos um desenho numa carteira. Ele fez a caricatura de todos da sala e de alguns professores. Eu fiz o acabamento e sombreamento. Ficou espetacular! Aí veio o Prof.º Ruy e nos pegou no flagra, já terminando. Esperamos o esporro, mas ao invés disso, ele nos elogiou e chamou outra professora de Educação Artística (uma bem baixinha, que não me lembro do nome) e mostrou a ela, que também elogiou. Não sei que fim levou o desenho;
Muitas vezes, quando matávamos aula, íamos jogar bola na quadra do Alvorada;
Os gêmeos Ronaldo e Rogério não se pareciam em nada;
A gente brincava muito de “paradinha”, então tínhamos que ficar de figa o dia todo. (Quem brincou, saberá);
Havia uma rixa entre o Plínio e as escolas ao redor, exceto o Santa Lúcia Filipinni (não sei por quê... Talvez por ficarmos ao lado do convento deles...). Posso citar aqui o Joaninha, o Britão e o Jácomo, que volta e meia tinha algum entrevero, especialmente em disputas interescolares.
Se seu nome foi citado e você quer que eu retire, me avise por e-mail (clicando aqui), ou se quer que corrija ou adicione algo, diga nos comentários. E se lembrar de alguma história daquele tempo também, basta dizer, ok? Ou então, melhor ainda: Deixe aqui nos comentários e compartilhe você mesmo com a gente!
Agradeço aos elogios (especialmente pela memória) e a ajuda de alguns de vocês para enriquecer ainda mais esta lembrança. Um beijo, um abraço e um aperto de mão pra todos!  


Eu não estava nessa foto, mas a maioria foi citada. Se você está aqui, deixe nos comentários!

Formatura de 1990. Eu não sei se sinto vergonha ou se rio dessa foto... O de meia branca agachado, no melhor estilo Michael Jackson, sou eu.
Em pé: Maurício Marteli, (?), Fábio Nascimento, Ivan Melo, Ricardo Wilmers, Vagner Rodrigues, Claudinho, Bráulio.
Agachados: Rogério Tamaso, Márcio André, Eu, Wilson Mandatti Jr, Fabiano Moura, Fernandinho, (?).

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sábado, 10 de setembro de 2016

E SE EU PUDESSE TER UM SUPERPODER?

E se eu pudesse...
Desta vez, o superpoder que eu gostaria de ter, era poder ler a mente dos outros. Voltei a assistir uma série chamada “Lie to me” (aqui no Brasil como “Engana-me se puder”, de 2009 a 2011). Nela, o protagonista é um doutor que consegue descobrir qualquer coisa sobre qualquer pessoa apenas observando sua “linguagem corporal” e suas micro expressões faciais. É claro que na ficção tudo é possível, então ele vai desvendando crimes e tal... O bom é que a série vai ensinando algumas coisas sobre isso, tipo, quando alguém olha incessantemente para o relógio, quer dizer que ele está com pressa, quando alguém pergunta alguma coisa e a pessoa olha para o chão, quer dizer que está envergonhada, e por aí vai. Existem vários livros que abordam esse tema, pra mim, o principal é “O corpo fala” (Pierre Weil e Roland Tompakow. 288 páginas, Ed. Vozes – 1973).
Tá certo, se eu tivesse essa habilidade já ficaria minimamente satisfeito, mas o que eu queria mesmo era ter o “poder” que o Mel Gibson teve naquele filme “Do que as mulheres gostam” (“What Women Want”, de 2000). Nele, o personagem principal experimenta uns cosméticos e toma choque numa banheira e pronto, já tem o dom de ouvir pensamentos como se fossem vozes. Antes que você imagine, não, eu não tentei fazer nada disso... E se fizesse, eu conseguiria no máximo uma matéria num jornal popular com a chamada: “Homem transvestido morre eletrocutado”.
Voltemos. Estava falando sobre a capacidade que o Mel Gibson tinha de ouvir o pensamento das mulheres. Só que no meu caso, eu queria poder ouvir o pensamento de todos. Homens, mulheres, jovens, velhos... Sabe aquele momento em que alguém diz: “Nossa, adorei seu trabalho, parabéns!”, mas poderia estar pensando: “Minhas redações da época de escola eram bem melhores... Como ele tem coragem de dizer que é escritor?!”. Ou então: “Cara, não comprei seu livro ainda, mas pode ficar tranquilo...”, quando na realidade a pessoa pode estar pensando: “Então... Não vou comprar não, já leio suas bobagens na internet”. Agora, a melhor é: “Putz... Não curti sua página no Face... Depois você me manda o link pra eu dar uma olhada...”, e você manda o link e... Nada! Isso porque na realidade ela deve ter pensado “Eu não curto página de ninguém, não vai ser a sua, querido...”. Enfim, eu queria saber na hora o que esperar de qualquer pessoa.
Suposições à parte, voltemos à realidade. Como seria a vida se todos pudessem ouvir o pensamento alheio? Será que seria alguma coisa como o quadro “O super sincero” (interpretado por Luiz Fernando Guimarães, que foi ao ar no Fantástico de 2006 a 2010), onde mostra um homem que dizia apenas a verdade de modo compulsivo? Talvez. Ou será que seria melhor, já que todos saberiam o resultado de tudo e não embarcariam em “canoas furadas” – quantos relacionamentos não seriam melhores, quanto dinheiro não seria perdido... Lá fui eu com suposições de novo...
E você? Que superpoder você gostaria de ter? Mas antes de responder a essa pergunta, responda à outra: Por qual motivo? Lembre-se do que o Tio Ben, do Peter Parker disse a ele: “Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades” – Na realidade, o autor da célebre frase pode ser Stan Lee, criador do Homem-Aranha, o pensador francês Voltaire, ou o profeta Lucas, na bíblia... O importante é que acredito que você tenha entendido a mensagem...  •