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E se eu pudesse... |
Desta vez, o superpoder que eu gostaria
de ter, era poder ler a mente dos outros. Voltei a assistir uma série chamada “Lie to me” (aqui no Brasil como “Engana-me se puder”, de 2009 a 2011).
Nela, o protagonista é um doutor que consegue descobrir qualquer coisa sobre
qualquer pessoa apenas observando sua “linguagem corporal” e suas micro expressões
faciais. É claro que na ficção tudo é possível, então ele vai desvendando
crimes e tal... O bom é que a série vai ensinando algumas coisas sobre isso,
tipo, quando alguém olha incessantemente para o relógio, quer dizer que ele
está com pressa, quando alguém pergunta alguma coisa e a pessoa olha para o chão,
quer dizer que está envergonhada, e por aí vai. Existem vários livros que abordam
esse tema, pra mim, o principal é “O
corpo fala” (Pierre Weil e Roland Tompakow. 288 páginas, Ed. Vozes – 1973).
Tá certo, se eu tivesse essa
habilidade já ficaria minimamente satisfeito, mas o que eu queria mesmo era ter
o “poder” que o Mel Gibson teve naquele filme “Do que as mulheres gostam” (“What
Women Want”, de 2000). Nele, o personagem principal experimenta uns cosméticos
e toma choque numa banheira e pronto, já tem o dom de ouvir pensamentos como se
fossem vozes. Antes que você imagine, não, eu não tentei fazer nada disso... E se
fizesse, eu conseguiria no máximo uma matéria num jornal popular com a chamada:
“Homem transvestido morre eletrocutado”.
Voltemos. Estava falando sobre a
capacidade que o Mel Gibson tinha de
ouvir o pensamento das mulheres. Só que no meu caso, eu queria poder ouvir o
pensamento de todos. Homens, mulheres, jovens, velhos... Sabe aquele momento em
que alguém diz: “Nossa, adorei seu trabalho,
parabéns!”, mas poderia estar pensando: “Minhas
redações da época de escola eram bem melhores... Como ele tem coragem de dizer
que é escritor?!”. Ou então: “Cara,
não comprei seu livro ainda, mas pode ficar tranquilo...”, quando na
realidade a pessoa pode estar pensando: “Então...
Não vou comprar não, já leio suas bobagens na internet”. Agora, a melhor é:
“Putz... Não curti sua página no Face...
Depois você me manda o link pra eu dar uma olhada...”, e você manda o link
e... Nada! Isso porque na realidade ela deve ter pensado “Eu não curto página de ninguém, não vai ser a sua, querido...”.
Enfim, eu queria saber na hora o que esperar de qualquer pessoa.
Suposições à parte, voltemos à
realidade. Como seria a vida se todos pudessem ouvir o pensamento alheio? Será
que seria alguma coisa como o quadro “O
super sincero” (interpretado por Luiz
Fernando Guimarães, que foi ao ar no Fantástico de 2006 a 2010), onde mostra
um homem que dizia apenas a verdade de modo compulsivo? Talvez. Ou será que
seria melhor, já que todos saberiam o resultado de tudo e não embarcariam em “canoas
furadas” – quantos relacionamentos não seriam melhores, quanto dinheiro não
seria perdido... Lá fui eu com suposições de novo...
E você? Que superpoder você gostaria de ter? Mas antes de responder a
essa pergunta, responda à outra: Por qual motivo? Lembre-se do que o Tio Ben,
do Peter Parker disse a ele: “Com grandes
poderes vêm grandes responsabilidades” – Na realidade, o autor da célebre
frase pode ser Stan Lee, criador do Homem-Aranha, o pensador francês Voltaire, ou o profeta Lucas, na bíblia... O importante é que
acredito que você tenha entendido a mensagem... •
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