Lá na beira da lagoa, Haidê passava o tempo.
Estava sozinha, de boa.
– Desculpe se te interrompo...
(Disse um sapo com voz mansa)
Posso fazer uma proposta? Tenho certeza que é justa, vai
valer uma recompensa.
Espantada ela indaga:
– Um sapo falou comigo?!
– Mas é claro que eu falei! E tenho
mais argumentos...
– Só que isso não é possível! Será que
eu estou louca?!
– Pois confie que é bem crível. Você
não está maluca.
– Desde quando ouvir bicho é
normal? Eu que não acho!
Mesmo assim ficou atenta, matutando paciente.
– Calma linda, deixa disso! Não sou
sapo, que besteira...
Isso foi uma macumbeira que me jogou
um feitiço
Não lidou com a rejeição. E sobre o
que eu falei
Uma oferta eu faço então, e lhe digo
o que farei:
Volto a ser advogado. Homem lindo e
abastado
E em troca só de um beijo, que com você
eu me caso.
– Isso é maravilhoso! (No sorriso
o regozijo)
Eu preciso de uma caixa...
E se não caiu a ficha, eu te digo “abestado”,
Ganharei bem mais dinheiro tendo um
sapo falante
Do que com um advogado... •
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–– Vou recorrer... |
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