JÁ FAZ UM TEMPO QUE VENHO
tentando
mudar alguns hábitos, especialmente o de não reclamar. Depois que ouvi que eu
reclamava de tudo, decidi que era hora de me policiar, aproveitei o gancho e
procurei observar minhas atitudes. Só que com isso, comecei a observar as ações
de todos ao meu redor, e pude prestar atenção que o povo de maneira geral é “reclamão”,
rude, não é receptivo a ideias, pessoas novas e muito menos à proatividade
alheia. Pode parecer grosseiro de minha parte, mas é bem isso que tenho
observado.
Quer
ver só? Esses dias eu estava no mercado que vou de costume. Toda vez que chego
lá, converso com todos. Seguranças, funcionários, açougueiros, balconistas... E
até mesmo alguns clientes, já que muitas vezes nos “esbarramos” por lá. Os donos
sempre estão no caixa e sempre simpáticos, conversadores e atenciosos. Assim que
cheguei, um deles estava lá e como de costume, cumprimentei-o, e mesmo tendo
passado alguns dias após o réveillon, desejei-lhe um feliz ano novo. Para
manter a educação, estendi a mão e fiz o mesmo com uma senhora que eu não
conhecia, e que estava no caixa passando suas compras. Além de apenas responder
com um breve aceno e um olhar frio, ela me deixou com a mão estendida. Somente após
o dono do mercado franzir a testa é que ela pegou em minha mão, mas não disse
nada. Sem graça, segui meu rumo, mas logo recebi o carinho de um dos funcionários,
que presenciou a cena – o rapaz se indignou, mas eu ri. Talvez de vergonha...
Mas
não é apenas da atitude daquela senhora que estou me referindo. Eu poderia
citar outros exemplos, como de amigos e pessoas próximas que eu fiz de um tudo
para que se aproximassem tanto de mim quanto de outros amigos, mas que no
final, recebi a frieza da individualidade e até me fizeram alvo de falácias.
Logo a mim, cidadão paulistano que tem a fama de não conversar com vizinho de
porta...
E
olha que nem falei de modo geral. Bastam cinco minutos com a televisão ligada
no canal certo – ou seria errado? – que meu dia vai para o espaço. Roubos,
assaltos, morte e uma série de coisas ruins que são decorrentes de egoísmo, inveja
e orgulho. Não que eu queira viver ou pregar algo utópico, mas prefiro ficar
longe de notícia ruim... Você se lembra daquela famosa frase de desenho
animado: “Adeus, mundo cruel...”? Ao
que me parece, o mundo está cada vez mais cruel mesmo...
No
fim das contas, cá estou reclamando, né? Sim, mas desta vez, de modo
proposital. Não por uma questão de desabafo, até porque, sou resolvido nessa
parte – sou daqueles que se você quer ser meu amigo, ótimo, se não quer, siga
sua vida que eu sigo a minha e tá tudo certo... – o intuito é que as pessoas,
como você, meu caro leitor, atentem nas outras pessoas. Deem ideias, aceitem ideias,
façam sem esperar, sejam amistosos, divirtam-se, sejam pacientes, amem-se a si
mesmos e aos outros, mas acima de tudo, saibam que o direito de um está quando
termina o direito do outro. O conselho é para todos nós.
Obrigado,
de nada. •
Concordo plenamente com vc.. Bjs Fabíola
ResponderExcluirO mundo anda complicado, né? Beijo pra você também!
ExcluirPerfeito,infeliz daquele que não sabe o valor das pequenas coisas,pous vai sempre esperar e depender das coisas grandiosas para sorrir...mas o mundo real é feito das pequenas coisas...feliz aquele que já descobriu isso....
ResponderExcluirFalou tudo, Gianni! Apenas acrescento o que ouvi uma vez: "A felicidade está nas coisas que a vida dá gratuitamente".
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