sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

AMIGO SECRETO. AMIGO?!

Fim de ano chegou. Aquele mesmo jingle feito pela maior emissora de televisão está tocando sempre, os enfeites de natal já tomaram conta da cidade (aliás, desde setembro), os comerciais não param de lembrar que você tem que comprar algo para a ceia ou presente pra alguém e as festas de fim de ano nas empresas começaram a acontecer e com elas, o famigerado “amigo secreto”, aquela brincadeira que é idealizada pelo seu chefe ou por aquela tia que sempre diz: “Ah, vai ser legal!”.
Achei a sua cara esse presente! Você vai adorar...
A propósito, essa brincadeira poderia muito bem ser chamada de “inimigo secreto” ou “amigo da onça” (em alguns lugares até já a chamam assim). Digo isso porque mesmo colocando limite para gastos, você sempre vai comprar algo barato e receberá um presente mais barato ainda. Fato. Olha a cara dela  

E pra melhorar, você sempre vai tirar a pessoa que você tem menos afinidade ou pior ainda, a que você detesta – certeza que isso já aconteceu com você... – e isso só piora na hora de revelar: “O meu amigo secreto é...” seguido de adjetivos que quase nunca são os que você realmente pensa...

Mas não esquenta não, passa rápido. Outro amigo secreto, só o ano que vem...  •

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

MEU TUDO, MEU MUNDO

Vejo-me na sua imagem, espelho da minha vida. A mais linda paisagem de beleza desmedida. Encontre-se nos meus olhos! Vem que te mostro o caminho, pois nunca estará sozinha. Eu te mostro alguns atalhos.
Chamo-te pelo meu nome, que felicidade extrema! Pelo teu nome me chamo e meu amor por ti declamo. O espelho na minha frente reverbera até trejeitos, miríade de traços que enlevam toda gente. Anjo querubim, que é parte de mim, você é meu tudo, você e meu mundo, um começo sem fim. Tão simples assim! Mais que minha vida, a coisa mais linda, que tenho pra mim.
Anjo na palma da mão – Que explosão de sentimento. Silenciosa irrupção, inolvidável momento. Paz, ternura e alegria, tudo tão inesquecível, misturadas com angústia de um amor imensurável.

Pelo meu nome te chamo, pra dizer quanto te amo.  •


segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

MOMENTO DE EMOÇÃO, DE COMOÇÃO

Escrevi este artigo originalmente para um jornal, onde mantenho uma modesta coluna. Achei que deveria ir além e divulgá-lo também aqui, já que o jornal é de circulação apenas na cidade de Uberaba, onde resido atualmente. Apenas fiz algumas alterações para que fizesse sentido para você, meu estimado leitor.
Como amante do futebol, eu não poderia deixar passar a oportunidade e falar sobre o que aconteceu no início da semana passada, especialmente porque já tive a oportunidade de conhecer a pequena cidade do oeste catarinense, que assim como a nossa querida Uberaba é uma modesta cidade do interior, onde facilmente se tem contato entre jogadores e torcedores, e não apenas através da mídia, como nas cidades maiores. E seu time principal, o Chapecoense, estava em sua melhor fase e iria disputar a final de um campeonato sul-americano.

Independente de gostar ou não de futebol, aprovar ou não o “circo” armado em torno desse esporte, ou ser um torcedor fanático, todos se uniram perante esse lamentável, dramático e catastrófico incidente. O mundo inteiro se emocionou com mais essa tragédia, que envolveu não jogadores, repórteres, equipes técnicas ou tripulação, mas sim, seres humanos. Aliás, uma das coisas que mais me marcou em todo esse momento catastrófico, foi que torcedores dos mais variados times se juntaram para mostrar que o humanismo predominou às cores, bandeiras, nacionalidades e fanatismos. Quem dera fosse sempre assim, não é mesmo?
Fica aqui minha homenagem a esses heróis, desejando força à suas famílias e amigos. #forçachape •

terça-feira, 4 de outubro de 2016

PERIPÉCIAS ENTRE IRMÃOS

Irmão à venda!! E em promoção!
Ontem à noite fiquei meia hora ao telefone com minha irmã – um recorde, porque pra ser sincero, detesto ficar tanto tempo ao telefone com qualquer pessoa que seja – e antes de dormir, me veio à mente alguns momentos engraçados que passamos juntos.

O saco de risadas
O primeiro, quando ainda éramos crianças. Acho que eu tinha uns oito, nove anos. Nós estudávamos no bairro vizinho e precisávamos pegar ônibus, pois não sei por que cargas d’água, meus pais não queriam que fôssemos mais de perua. Enfim, seis e alguma coisa da manhã, lá estávamos os dois na fila do ônibus. Tanta gente, que se formavam duas, às vezes três filas para aqueles que desejavam uma viagem mais confortável. Todo mundo com cara de sono, os conhecidos conversavam baixo enquanto a maioria aguardava sua vez. O burburinho só era quebrado pelo rádio do fiscal, ouvindo “Zé Béttio” (pesquise). E foi aí que a coisa aconteceu.
Minha irmã tinha um “saco de risadas”, que quando alguém apertava, soltava uma gargalhada bem alta e contagiante de mais ou menos um minuto. Dá pra imaginar o que aconteceu, né? Quando ela foi passar por baixo da catraca, ela levantou antes de hora e o “saco de risadas”, que estava no bolso da frente de sua mochila vermelha, disparou. O ônibus lotado e até então quase silencioso, cedeu e muitos começaram a rir. A vergonha dela foi tão grande, que ela se escondeu embaixo de meus braços. Eu fiz cara de paisagem e fingi que não era comigo...

Rabanadas voadoras
Poucos anos depois, resolvemos cozinhar. Aliás, ela resolveu cozinhar. Meus pais não estavam em casa. Olhamos para cima do armário e vimos uma caixa convidativa com um grill elétrico com espetos verticais que minha mãe havia acabado de comprar. Foi aí que fizemos um “churrasco”, na realidade uma tentativa de fazer algo igual ao da foto na caixa, – aqueles espetinhos com cebola, pimentão, salsicha e sei lá o que mais – mas não ficou gostoso... Até aí, tudo bem. Depois, ela resolveu fazer rabanada e após nos empanturrarmos – e é aqui que vem o “problema” – tivemos a estúpida ideia de jogar fora o restante para que minha mãe não visse – não sei por quê. Duvido que minha mãe bateria na gente por causa disso. Enfim... – e jogamos tudo no telhado do vizinho! Sem comentários...

O grito da Nação Zumbi
Outra coisa que me lembrei, foi de uma vez que tomamos um grande susto. Pra falar a verdade eu não sei exatamente de quem foi a culpa. Eu já estava quase saindo de minha adolescência e tanto eu quanto meus irmãos, tínhamos a mania de tomar banho ouvindo som alto. Deixávamos o som no volume alto na sala e íamos tomar banho. Até aí, nada de muito anormal...
Minha irmã tinha um CD de capa laranja, da banda “Chico Science & Nação Zumbi”, chamado “Afrociberdelia”, que ela estava ouvindo naqueles dias com certa frequência. Estávamos todos dormindo, já passava da meia noite e não sei quem conseguiu a proeza de programar o aparelho de som como despertador – e em hora errada! Enfim, você já pode imaginar o que aconteceu... O som ligou na maior altura e pior, o CD começa com um grito assim: “Eu vim com a Nação Zumbi, ao seu ouvido falar...” e depois começa a barulheira. Nem preciso dizer que meus pais, aliás, todos nós pulamos da cama com o susto...

E ainda tem muito mais. Mas fica pra depois...  •

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

MINHA ÉPOCA DE PLÍNIO AYROSA

DESCOBRI QUE ESTE É UM TEXTO VIVO, pois está em constante modificação, graças à colaboração de meus amigos que aos poucos vão aparecendo e relembrando de pessoas e situações. Sem mais delongas, vou lhes contar como foi a minha visão no meu tempo de escola, especificamente no Plínio Ayrosa, que entrei em 1983, aos seis anos de idade (eu faço aniversário em Maio).
Eu morava longe daquela escola, mas meus pais queriam que eu estudasse lá. Escola municipal naquele tempo era considerada modelo. Tentaram até que conseguiram me matricular na “EMPG Plínio Ayrosa” (Quantos cabeçalhos eu não tive de escrever assim? Só que hoje mudou para EMEF), na Rua Tomás Ramos Jordão, perto da Avenida Itaberaba, Freguesia do Ó – São Paulo.
A perua escolar da “Tia Venina” me levava e trazia. Quando entrei pela primeira vez, vi aquele mar de crianças e me assustei, não quis ficar, mas a professora, “Tia” Vera, bondosa e paciente, me levou pra fila e depois pra sala. Antes de subir, cantávamos o Hino Nacional – Tempos de 1.ª A. No ano seguinte, na 2.ª B, achei que não iria conseguir ficar longe da “Tia” Vera, mas consegui uma substituta à altura, Sueli, tão doce quanto. Já na 3.ª B, a Prof.ª Ayako era rigorosa, mas sempre me tratou muito bem.
4.ª C, agora com três professoras (HermíniaTamara e Marilene) e depois na 5.ª C, meu melhor ano naquela escola, com vários professores. Naquele ano recebi o apelido de “Riquinho”, por causa do meu penteado. Quem me apelidou foi meu grande amigo Fábio Nascimento Silveira “Luneta”, que estava na mesma sala que eu. Todos os dias, antes de ir pra escola, eu passava na casa dele. E lá íamos os três: Eu, ele e a irmã gêmea dele, a Fabiana. Quem nos acompanhava algumas vezes era um vizinho dele, chamado Renato, que estava na oitava série, ou então outra vizinha dele, chamada Alessandra (Ambrósio?), que estudava com a gente.
Vista interna. Mudou, mas não muito.
Digo que foi meu melhor ano porque a classe era unida. Estávamos sempre juntos, brincando, estudando... Era ótimo! Eu usava um rabinho ridículo estilo Chitãozinho e Xororó, mas que as meninas adoravam – vai entender... – e eu fazia sucesso nas mãos das meninas da oitava série. Pra falar a verdade eu sentia vergonha... Eu lembro que nas aulas vagas, elas iam pra lá, me pegavam no colo, me beijavam (tinha uma que me mordia!), ou seja, para um garoto de dez anos: Motivo de pânico. Pra citar mais alguns nomes daquela sala: Andreia Oliveira PontesNazaréFabiana Eugênio (uma morena alta que sentava na carteira atrás da minha), Fernando (que estourou o tímpano numa queda de bicicleta), Rui  Faria (o mais alto da sala), irmão do Ronaldo Faria (que gaguejava quando ficava nervoso).
Se na 5.ª série, meu ano foi maravilhoso, não posso dizer o mesmo da 6.ª B, onde sofri bullying demais. Especialmente de dois primos que estudavam ali comigo. Um japonês chamado Márcio Hideo e seu companheiro Denis “Damião”, que acompanhados de Flávio, filho do professor de matemática ZinhoValmir (que era baixinho, briguento e primo do Fernando) e Márcio Vieira, faziam o terror. E não estou falando apenas do apelido que me deram (“Toinho”), mas das sessões bárbaras de pancadaria. Até algumas meninas participavam daquilo! (Quando querem, crianças sabem ser diabólicas) Mas enfim, tinha coisa boa também. Toda vez, antes de ir pra escola, eu e meu grande amigo Jefferson de Almeida Teixeira – nós pegávamos o mesmo ônibus – passávamos na casa do Leonardo Prates, na Rua Montes Claros. Às vezes o Umberto Gomes Iorio – que também estava na mesma classe que a gente – também ia pra lá (lembro-me perfeitamente de um dia em que nós quatro ficamos imitando o grupo Oingo Boingo tocando a música “Stay”. Simplesmente hilário...). Outra coisa hilária foi o time de futebol “Os caveiras” – Sem comentários...  – Pra citar alguns nomes de pessoas que estudaram naquele ano comigo: Herica Hermenegildo, Cátia Regina (ela era vizinha do Maurício “Chapolim” e a gente voltava junto pra casa – eu pegava ônibus na Avenida de trás da casa dela. Ela era sempre muito divertida)Adriana Novaes (que juntamente com a Cátia, era fã no New Kids on the block), Patrícia Pereira (que era ambidestra. Quando algum professor pedia para que ela escrevesse na lousa, ela trocava de mãos quando cansava. E as duas letras eram muito bonitas!)Viviane Lopes (Que foi uma das pessoas que sempre me tratou muito bem. Também pudera, ela estava sempre de bom humor! Aliás, ela não mudou nada! Nem o jeito de falar e de rir – aliás, que sorriso maravilhoso... – Tinha um sonho de ser aeromoça e conseguiu brilhantemente atuar nesse ramo por anos), minha amiga Ana Paula Guerra, que depois estudou comigo em outras séries também. Aliás, ela disse que adorava quando serviam cachorro quente e macarrão na merenda, que também gostava de jogar vôlei e que passou superbonder na mesa dos professores para colar a bolsa da professora de geografia. Ela também lembrou que de vez em quando a gente hasteava bandeira no pátio externo da escola.
Depois veio a 7.ª A, que manteve boa parte dos alunos do ano anterior, mas desta vez com menos bullying (mas ainda tinha). Por último, a 8.ª C, meu segundo melhor ano naquela escola. A classe unida novamente nos mesmos moldes da 5ª C. Era ano de despedida, já que a escola era somente de primeiro grau.
Agora, tem gente que estudou comigo que eu não consigo me lembrar exatamente de que série, mas que estão vívidas em minha memória. (em ordem alfabética):
Abdael (que dizia que quando crescesse seria arqueólogo. Vivia fazendo desenho de dinossauros. O Ricardo “Nhonho” falou que ele também fazia estrelinhas ninja com latas de refrigerante);
Adalberto (que alguns chamavam de “João grandão”, por ser um dos maiores da escola);
Alessandra Caproni;
Ana Maria (Pelas fotos atuais, ela continua igualzinha! Estudamos juntos no começo, mais ou menos entre 2ª e 4ª séries. Ela andava junto com a Ana Regina);
Ana Regina Pêra (que tinha um irmão mais velho em outra série chamado Adriano, apelido “Pêra”);
Andreia (que era prima do Rodrigo “Pingo”)
Andressa Novaes;
Antonio Carlos Silva “Tonhão”;
Audrey (que andava junto com a Fabíola e com a Rosana Coelho);
B.A. (primo do Jefferson);
Bráulio (que embora fosse pequenininho, tinha um nome comprido pra caracas);
Carla Godoy (que era alvo de desejo de muitos garotos daquela escola e muito gente boa. Ela também era bem brava. Se algum menino passasse dos limites...);
Cláudio “Claudinho”
Cristiane (que tinha unhas enormes e cabelo bem enrolado, comprido e cheio. A gente vivia abraçado. Tinha gente até que achava que a gente namorava);
Cristiane (Kirschnner?) “Pistache” (Muito gente boa. Quem lhe deu esse apelido foi o Fábio Nascimento “Luneta”, porque segundo ele o sobrenome dela era parecido com pistache);
Cristiane Nascimento;
Cristiano Cortez “Kito” (que numa vez, durante uma excursão, veio correndo pra pular na piscina, mas escorregou e desceu sentado até entrar na piscina);
Dárcio (ele falava muito rápido);
Deise (ruiva, de óculos e com sardas. Ela era muito inteligente e também falava muito rápido);
Edson “Bocão”;
Eduardo “Pio” (que era um dos mais populares da escola);
Fabiana Rizzo (que tinha uma risada engraçada. Ela também tinha uma irmã mais velha que estudava uma série acima, a Gal, que volta e meia estava com a gente. As duas eram um barato...);
Fabiano Moura “Chokito” (vascudunhanavalhadoparquedapsôra! – Entendedores, entenderão);
Fábio Camilo (que se tornou jogador de futebol profissional com o apelido de “Nenê”);
Fábio Souza (que se casou com a Lílian Castro. Eles namoraram desde aquela época...);
Fabiola Huziyama (andava junto com a Audrey e a Rosana Coelho);
Fernanda Francisco (quue adorava dançar “Charme” nos bailes. Ela sempre contava pra gente nas segundas-feiras sobre os rolês do fim de semana. Andava junto com a Cristiane – das unhas compridas – e com a Luciana. Adorava sentar no fundão);
Floriano (que morava na ria de trás da escola. O pai dele tinha uma perua escolar);
Gianni (Que também tinha sardas. Gente boníssima desde aquela época);
Henrique (primo do Adalberto);
Henry (Andava com o Dárcio. Me disseram que ele virou pastor);
Hugo;Isabel Corral, (que disse que tinha até dor de barriga quando o Prof.º Zinho a chamava para a lousa e relembrou de mais gente);
José Carlos (acho que ele tinha um cabelo loiro e escorrido);
Lílian  Castro (que namorava o Fábio Souza. Se não me engano, morava perto da “Playboy”);
Lincoln Masamitsu Uehara (os pais dele tinham o mercado com esse sobrenome);
Luciana (Que só ia de saia comprida pra escola. Muitos a chamavam de “Crente”. Era brava que só! Uma vez bateu em um menino, mas não sei quem. O Edson “Bocão” disse que ela falava muito palavrão...);
Marcelo Siqueira Barbosa (que se dizia punk e adorava desenhar o “Bob Cuspe” nas carteiras);
Márcia;
Márcio Roberto (tinha um irmão das séries anteriores, o Carlos);
Marcus Vinicius;
Marta;
Maurício Visconte Marteli (“Chapolim”, que depois virou “Teleta”);
Michele Beraldo;
Patrícia Andrade (irmã da Shirley);
Renata Ruiz;
Renata Motta;
Ricardo Wilmers “Nhonho” (eu me lembro que uma vez fomos escorregar no barranco que tinha ao lado do escadão, perto do “Britão”, usando tampas de carteira escolar, aconteceu alguma coisa que ele saiu de cima da tampa e desceu se ralando todo);
Robson (que era extremamente tímido e quieto);
Rogério Tamaso “Dumbão” (primo do Eduardo “Pio”);
Rosana Coelho (que adorava usar camisa xadrez. Andava junto com a Fabíola e com a Audrey);
Rosana Dias (que assim como a Carla Godoy, também era alvo de desejo de muitos garotos daquela escola. Ela usava uma franjinha igual a da cantora Rosana. Sempre muito simpática e atenciosa com todos. Ela me disse que na 3.ª e na 4.ª séries, a turminha dela era: Fernanda Oliveira e Cristiane (Kirschnner?) e na 5.ª série, Andréia Fernandes, Lílian Castro, Viviane Jordão e Flávia, filha da professora (Salime?). E que depois ela trabalhou na Editora Abril junto com a Fernanda Oliveira, o Fábio Nascimento e a Rosana Coelho);
Shirley Andrade (irmã da Patrícia);Rosana Dias (que assim como a Carla, também era alvo de desejo de muitos garotos daquela escola. Ela usava uma franjinha igual a da cantora Rosana. Sempre muito simpática e atenciosa com todos);
Shirley Andrade (irmã da Patrícia);
Tadeu (que batia em muitos meninos... A Fabíola disse que ele era bonzinho, mas o Ricardo “Nhonho” discorda...);
Tamara (eu me lembro de que uma situação em que ela me pediu pra ficar com ela e eu, morrendo de vergonha, fugi. Tenho certeza que ela só fez isso pra se divertir às minhas custas, sabendo como eu era vergonhoso);
Vagner Almeida (que morava naquele bequinho atrás da escola);
Vagner Rodrigues, (tinha uma época que eu também passava na casa dele antes de ir pra escola. A gente ouvia um LP que ele tinha do Bomb the Bass, naquela época, a música “Into the dragon” estava fazendo muito sucesso. 1988, para ser mais preciso);
Vânia (que infelizmente já não está mais entre nós, faleceu há alguns anos vítima de problemas no coração. Na 4.ª série, ela e a Viviane Aguiar viviam grudadas);
Viviane Aguiar (loira do cabelo bem liso);
Viviane Araújo;
Viviani Silva (que andava junto com a Renata Ruiz, Viviane Jordão e Ana Regina Pêra);
Viviane Carvalho;
Wilson Mandatti Junior;

Cabe aqui o adendo mais que importante da minha amiga Vanessa “Chiquinha”, que estudou comigo em todos os anos! Ela se lembrou de bastante coisa. Vamos lá: Uma gincana maravilhosa entre as salas que a 7.ª A ganhou (uma das tarefas era fazer uma bandeira do Brasil oficial, com mensurações exatas), alguns dos colegas supracitados e da professora Maria Cristina (de Ciências, bonitona. Aliás, eu me lembrei de que a molecada a chamava – de modo pejorativo –  de “Bozolina”!).
De quem ainda não foi citado, a Gianni Riquelme também se lembrou da professora Elza de Educação Física e do colega Marco Antônio (que era filho do Prof.º Mário de Geografia ). Ela também se lembrou de que o apelido da D. Ermelinda era “ponto e vírgula”. Quem não ficou com medo daquela inspetora ao menos uma vez?
Por falar nessa professora, o Ricardo Wilmers “Nhonho”, lembrou que uma vez acabou a luz da escola e o Adalberto passou a mão nela. No fim das contas, ela levou ele pela orelha e um novato, que tinha entrado naquele ano, apelido “Corintiano” (não sei o nome dele). A contribuição dele ainda é gigante com as fotos que estão ao final do texto. Ele também disse que a Ana Paula Guerra é brava. Será?
A entrada da secretaria não mudou quase nada.
E, claro, que eu não poderia deixar de citar alguns professores: Maria José (que de modo pejorativo era chamada de “Zefa Maceió”. Aliás, ela sofria bullying também... Me recordo uma vez que jogaram merenda no carro dela só porque achavam que ela falava errado e dava aulas de português), Ruy (altão, de Educação Artística), Washington, de geografia (a biblioteca da escola recebeu seu nome, após seu falecimento), Suzette (baixinha, de português, que numa excursão levou a irmã mais nova),a professora de geografia Berenice e o Eduardo Blanco, de inglês. Lembro-me da feição de muitos, mas não do nome neste momento. Talvez eu adicione posteriormente.
Algumas curiosidades:
Marcelo de Jesus Araújo“Marcelinho”, fazia aniversário no mesmo dia que eu, nós nos chamávamos de “irmão gêmeos” por conta disso;
Todos os dias, o Marcelinho levava pão com carne e a gente dividia antes mesmo de descer para o “recreio”;
Por falar em irmãos, o Fábio Nascimento parecia com o Ivan Melo, alguns achavam que eram irmãos;
E já que o citei, uma vez eu e o Fábio fizemos um desenho numa carteira. Ele fez a caricatura de todos da sala e de alguns professores. Eu fiz o acabamento e sombreamento. Ficou espetacular! Aí veio o Prof.º Ruy e nos pegou no flagra, já terminando. Esperamos o esporro, mas ao invés disso, ele nos elogiou e chamou outra professora de Educação Artística (uma bem baixinha, que não me lembro do nome) e mostrou a ela, que também elogiou. Não sei que fim levou o desenho;
Muitas vezes, quando matávamos aula, íamos jogar bola na quadra do Alvorada;
Os gêmeos Ronaldo e Rogério não se pareciam em nada;
A gente brincava muito de “paradinha”, então tínhamos que ficar de figa o dia todo. (Quem brincou, saberá);
Havia uma rixa entre o Plínio e as escolas ao redor, exceto o Santa Lúcia Filipinni (não sei por quê... Talvez por ficarmos ao lado do convento deles...). Posso citar aqui o Joaninha, o Britão e o Jácomo, que volta e meia tinha algum entrevero, especialmente em disputas interescolares.
Se seu nome foi citado e você quer que eu retire, me avise por e-mail (clicando aqui), ou se quer que corrija ou adicione algo, diga nos comentários. E se lembrar de alguma história daquele tempo também, basta dizer, ok? Ou então, melhor ainda: Deixe aqui nos comentários e compartilhe você mesmo com a gente!
Agradeço aos elogios (especialmente pela memória) e a ajuda de alguns de vocês para enriquecer ainda mais esta lembrança. Um beijo, um abraço e um aperto de mão pra todos!  


Eu não estava nessa foto, mas a maioria foi citada. Se você está aqui, deixe nos comentários!

Formatura de 1990. Eu não sei se sinto vergonha ou se rio dessa foto... O de meia branca agachado, no melhor estilo Michael Jackson, sou eu.
Em pé: Maurício Marteli, (?), Fábio Nascimento, Ivan Melo, Ricardo Wilmers, Vagner Rodrigues, Claudinho, Bráulio.
Agachados: Rogério Tamaso, Márcio André, Eu, Wilson Mandatti Jr, Fabiano Moura, Fernandinho, (?).

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sábado, 10 de setembro de 2016

E SE EU PUDESSE TER UM SUPERPODER?

E se eu pudesse...
Desta vez, o superpoder que eu gostaria de ter, era poder ler a mente dos outros. Voltei a assistir uma série chamada “Lie to me” (aqui no Brasil como “Engana-me se puder”, de 2009 a 2011). Nela, o protagonista é um doutor que consegue descobrir qualquer coisa sobre qualquer pessoa apenas observando sua “linguagem corporal” e suas micro expressões faciais. É claro que na ficção tudo é possível, então ele vai desvendando crimes e tal... O bom é que a série vai ensinando algumas coisas sobre isso, tipo, quando alguém olha incessantemente para o relógio, quer dizer que ele está com pressa, quando alguém pergunta alguma coisa e a pessoa olha para o chão, quer dizer que está envergonhada, e por aí vai. Existem vários livros que abordam esse tema, pra mim, o principal é “O corpo fala” (Pierre Weil e Roland Tompakow. 288 páginas, Ed. Vozes – 1973).
Tá certo, se eu tivesse essa habilidade já ficaria minimamente satisfeito, mas o que eu queria mesmo era ter o “poder” que o Mel Gibson teve naquele filme “Do que as mulheres gostam” (“What Women Want”, de 2000). Nele, o personagem principal experimenta uns cosméticos e toma choque numa banheira e pronto, já tem o dom de ouvir pensamentos como se fossem vozes. Antes que você imagine, não, eu não tentei fazer nada disso... E se fizesse, eu conseguiria no máximo uma matéria num jornal popular com a chamada: “Homem transvestido morre eletrocutado”.
Voltemos. Estava falando sobre a capacidade que o Mel Gibson tinha de ouvir o pensamento das mulheres. Só que no meu caso, eu queria poder ouvir o pensamento de todos. Homens, mulheres, jovens, velhos... Sabe aquele momento em que alguém diz: “Nossa, adorei seu trabalho, parabéns!”, mas poderia estar pensando: “Minhas redações da época de escola eram bem melhores... Como ele tem coragem de dizer que é escritor?!”. Ou então: “Cara, não comprei seu livro ainda, mas pode ficar tranquilo...”, quando na realidade a pessoa pode estar pensando: “Então... Não vou comprar não, já leio suas bobagens na internet”. Agora, a melhor é: “Putz... Não curti sua página no Face... Depois você me manda o link pra eu dar uma olhada...”, e você manda o link e... Nada! Isso porque na realidade ela deve ter pensado “Eu não curto página de ninguém, não vai ser a sua, querido...”. Enfim, eu queria saber na hora o que esperar de qualquer pessoa.
Suposições à parte, voltemos à realidade. Como seria a vida se todos pudessem ouvir o pensamento alheio? Será que seria alguma coisa como o quadro “O super sincero” (interpretado por Luiz Fernando Guimarães, que foi ao ar no Fantástico de 2006 a 2010), onde mostra um homem que dizia apenas a verdade de modo compulsivo? Talvez. Ou será que seria melhor, já que todos saberiam o resultado de tudo e não embarcariam em “canoas furadas” – quantos relacionamentos não seriam melhores, quanto dinheiro não seria perdido... Lá fui eu com suposições de novo...
E você? Que superpoder você gostaria de ter? Mas antes de responder a essa pergunta, responda à outra: Por qual motivo? Lembre-se do que o Tio Ben, do Peter Parker disse a ele: “Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades” – Na realidade, o autor da célebre frase pode ser Stan Lee, criador do Homem-Aranha, o pensador francês Voltaire, ou o profeta Lucas, na bíblia... O importante é que acredito que você tenha entendido a mensagem...  •

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

HAIDÊ E O SAPO ADVOGADO

Lá na beira da lagoa, Haidê passava o tempo.
Estava sozinha, de boa.
– Desculpe se te interrompo...
(Disse um sapo com voz mansa)
Posso fazer uma proposta? Tenho certeza que é justa, vai valer uma recompensa.

Espantada ela indaga:
– Um sapo falou comigo?!

– Mas é claro que eu falei! E tenho mais argumentos...

– Só que isso não é possível! Será que eu estou louca?!

– Pois confie que é bem crível. Você não está maluca.

– Desde quando ouvir bicho é normal? Eu que não acho!
Mesmo assim ficou atenta, matutando paciente.

– Calma linda, deixa disso! Não sou sapo, que besteira...
Isso foi uma macumbeira que me jogou um feitiço
Não lidou com a rejeição. E sobre o que eu falei
Uma oferta eu faço então, e lhe digo o que farei:
Volto a ser advogado. Homem lindo e abastado
E em troca só de um beijo, que com você eu me caso.

– Isso é maravilhoso! (No sorriso o regozijo)
Eu preciso de uma caixa...
E se não caiu a ficha, eu te digo “abestado”,
Ganharei bem mais dinheiro tendo um sapo falante
Do que com um advogado...  •

––  Vou recorrer...

sábado, 20 de agosto de 2016

ATÉ QUE ENFIM!

Finalmente pudemos ouvir o hino brasileiro ser tocado em uma premiação de futebol em Olimpíada. Agora, além de termos conquistado tudo no futebol, ainda somos os maiores medalhistas na modalidade, tendo conquistado a 6.ª medalha. Mas será que isso apaga os 7 X 1 sofridos na última Copa aqui em casa? Mas estou aqui pra falar de coisa boa... Hoje é festa!
Antes, porém, mas ainda falando de futebol, fiquei com uma dúvida... Responda-me se for capaz. Você sabe que o “cerumano” tem mania de aprender o que não presta, por conta disso, pegamos aquela mania ridícula de gritar “bicha!” quando o goleiro adversário chuta a bola, geralmente em cobrança de tiro de meta. Agora vem a pergunta de um milhão de dólares: Porque no futebol feminino as pessoas faziam isso? Eu fiquei tipo... Hã?
Enfim, voltemos ao assunto. Como você vê na imagem, tivemos um jogador a mais: O travessão. Foi ele quem fez o primeiro gol, na cobrança de falta do Neymar e ele defendeu duas bolas da Alemanha.
As más línguas dizem que o Brasil só quebrou o jejum porque Usain Bolt estava lá com seu “espírito de ouro”. Será?
Mas, porém, contudo e todavia, o sofrimento. O travessão Brasil fez o primeiro gol, mas depois de ter vacilado duas vezes, na terceira, aos 14 minutos do segundo tempo, a Alemanha, que já estava chutando muito mais no gol, não desperdiçou e descontou. O jogo foi pra prorrogação. As mãos suavam litros, o coração acelerado parecia que ia sair pela boca, as mandingas de sempre estavam presentes.
Até aquele momento, como o próprio narrador disse, “Ninguém estava com Jesus no coração”. Neymar, que havia apanhado tanto no último jogo (uma goleada de 6 X 0 em cima de Honduras), foi “poupado”. Dessa vez escolheram Gabriel Jesus, que saiu na prorrogação. Na premiação, Neymar estava usando uma faixa na cabeça com os dizeres: “100% Jesus”. Pra qual deles foi?
Voltando ao jogo, a prorrogação acabou e a partida foi decidida nos pênaltis. A penúltima cobrança, sob os olhares de 70 mil pessoas no Maracanã, Weverton, goleiro do Atlético Paranaense, pegou e já virou herói. Olha imagem aí do lado (aliás, eu rachei ao ver essa imagem...). O último pênalti ficou sob a responsabilidade de Neymar, capitão do time, que cobrou, fez o gol e já saiu chorando. Acabou a fila. O placar de 5 a 4 deixou gente chorando dos dois lados.

O homenageado da vez foi Prass, que foi cortado da seleção por conta de uma lesão no cotovelo direito. Agora, depois de tanta gente pegar no pé que não tínhamos essa medalha, para a próxima olimpíada, terão que falar outra coisa.  •

sexta-feira, 29 de julho de 2016

A SAUDADE É UMA ESTRADA LONGA...

... que começa e não tem mais fim. Essa letra feita pelo exímio violeiro Almir Sater me arremete a um lugar que mais sinto falta em minha vida: A fazenda Campo Largo, que era de propriedade de meus avós. Dificilmente quando eu ouço este maravilhoso artista eu não me lembro de algo relacionado àquele lugar ou àquelas pessoas.
Noite passada mesmo, eu me lembrei de um momento. Uma foto, para ser mais específico. Infelizmente não consigo postá-la aqui, pois ela está na caixa de fotos de minha mãe. Quem sabe um dia. Mas a imagem abaixo consegue ilustrar mais ou menos o que quero dizer. De resto, trabalhe com sua mente.
Meus pais entrando na casa da tia de meu pai
Vamos lá. Em frente a uma das janelas ficava um pé de laranja. Era naquele quarto que meus pais ficavam. Eu me lembro muito bem de um dia fazer pose nele para tirar uma foto. Máquina fotográfica era luxo. Ainda era daquelas que se colocava filme, “batia” a foto e esperava até que o rolo acabasse (que podia ser de 12, 24 ou 36 poses) e mandava revelar rezando para que nenhuma delas queimasse. Hoje em dia é tudo mais fácil, né?
E lá estava eu. Um pé na árvore e outro na calçada – que é diferente dessas de rua. Ela é elevada e fica na frente da casa, que geralmente fica no alto. Igual à da casa da imagem acima – com meu pai tomando distância para registrar o momento. A combinação de calça jeans e chinelos Havaianas era algo que eu só usava lá. A camiseta era a preferida. Era branca, com a gola e as pontas dos braços avermelhadas com um número “86”. Não sei o motivo, mas sempre teve uma época em que eu me apegava a algumas camisetas. Acredito que ainda seja assim. O dia estava nublado. Um tanto comum, já que era verão. Nós viajávamos sempre no final ou no começo do ano. Eu devia ter uns seis ou sete anos.
Retrato tirado, provavelmente segui brincando. Não sei exatamente de quê ou com quem, mas me lembro exatamente do lugar. Na frente da casa, um enorme jardim que minha avó cuidava com todo gosto. Tinha planta de todo jeito – inclusive o próprio pé de laranjeira – e do outro lado do terreiro, havia um pé de saboneteira onde o carro de bois ficava estacionado. Ao lado dele, um enorme coqueiro jerivá. A imagem do Passat azul claro que meu pai tinha naquela época está registrada em alguma foto na já citada caixa da minha mãe. De um lado da casa, havia uma “Casa da roda”, onde se fazia farinha de mandioca. Na frente dele, um pouco mais distante, um chiqueiro de cabras. Do outro lado, um curral, que era usado ocasionalmente.
Mas das lembranças, as que mais gosto são as de ficar sentado na frente da casa olhando para a enorme vereda e as de conversar com meus avós. Minha avó apressada com os afazeres e lenço amarrado na cabeça e meu avô sentado na calçada no fim da tarde, contando as histórias do passado e preparando seu cigarro de palha.
É por isso que “Saudade” é uma das palavras mais presentes nas poesias de amor e nas músicas populares. 

sexta-feira, 15 de julho de 2016

MAIS UMA DE DONA LENICE E SEU TÉRCIO

Já te contei sobre Dona Lenice e Seu Tércio, de quando eles estavam próximos a completar bodas de ouro. Desta vez, Seu Tércio estava sofrendo com uma dor de barriga terrível e por conta disso, seu humor já não estava dos melhores, afinal, um caso de constipação intestinal sempre é motivo para tirar qualquer um dos nervos, não é? Ainda mais ele, que já avançado na idade, não tinha paciência pra nada. O pior foi ter que encarar a saúde pública. Pegar fila e ser atendido às pressas.
 A consulta foi muito rápida, já que o médico de plantão estava impaciente por ter de atender muita gente. Depois de ouvir o que Seu Tércio sentia, o médico simplesmente gatafunhou uma receita e disse de modo apressado e firme:
– Está aqui – O doutor estendeu a mão entregando a receita – Amanhã o senhor irá evacuar tranquilamente. Quando sair, o senhor pode pedir para o próximo entrar, por favor.
Dona Lenice, que entrou com o marido, se levantou primeiro e pegando a receita da mão de Seu Tércio, já foi saindo. Minutos depois, antes mesmo de entrar na farmácia, ele disse à esposa:
Tenha paciência, homem!
– Anda depressa e compra logo essa porcaria de remédio que eu quero ir pra casa!
– Tenha calma, homem!
– Que calma, que nada! – Seu Tércio retrucou, continuando a queixa em voz baixa, murmurando palavras que não podiam ser compreendidas.
Vendo a agitação do marido, Dona Lenice mal falou com o balconista. Pegou logo a caixinha, e antes de pagar pelo remédio, Seu Tércio já estava do lado de fora. Em casa, assim que os dois entraram, Dona Lenice foi rapidamente até a cozinha e pegou um copo d’água. Seu Tércio, com o supositório na mão, franziu a testa e de modo espantado disse:
– Velha, olha só o tamanho desse comprimido! Isso não vai passar na minha goela não!
– Mas o doutor falou que vai melhorar. Bebe sem reclamar.
– Então parte em dois. De uma vez só não dá não...
Atendendo ao pedido do marido, Dona Lenice dividiu o supositório em dois e Seu Tércio os engoliu, reclamando do gosto ruim e da oleosidade. Pra tirar o ranço da boca, tomou tudo o que achou pela frente. No dia seguinte, ainda sofrendo com a constipação, Seu Tércio voltou ao consultório do médico decidido a reclamar tanto da falta de resultado, como do tamanho demasiado e do gosto ruim do tal remédio. Assim que ele entrou, antes que pudesse se queixar, o doutor – o mesmo, que ainda estava de plantão e com menos paciência que no dia anterior – nem deixou que ele falasse.
– Mas o senhor de novo? O supositório que eu lhe receitei não adiantou? Não é possível... – O médico lhe fez outra receita e entregou – Pois compre mais um. Dessa vez vai. Quando sair, mande o próximo entrar!
Demonstrando sua impaciência com gestos, Seu Tércio se levantou e saiu da sala. Não disse uma palavra sequer. Novamente passou apressadamente na farmácia, comprou o remédio e em casa o tomou da mesma forma e com a mesma dificuldade.
– Se essa desgraça desse remédio não funcionar, vou de novo naquele doutorzinho... Mas dessa vez ele vai ouvir! – Seu Tércio reclamou ainda fazendo careta pelo gosto do supositório na boca.

– Sei não... – Dona Lenice disse desconfiada – Acho melhor a gente não ir lá de novo naquele doutor não... Senão você já sabe aonde ele vai mandar você enfiar esse remédio...  •

sexta-feira, 8 de julho de 2016

SHAKESPEARE INSPIROU, MAS NÃO COMEU

Deu água na boca?
Anteriormente você já viu que pudim é uma de minhas especialidades, por isso resolvi fazer uma variação. Tudo começou num “Dia dos pais”. Querendo agradar o meu, resolvi fazer para a sobremesa do almoço especial algo que lhe agradasse. Sabendo de sua predileção por pudins, e por gostar do “Romeu e Julieta” tradicional – composto por queijo branco e goiabada – achei uma receita com essa sublime combinação. Com o tempo, fiz algumas alterações e hoje tenho minha própria versão. Antes de falar sobre isso, uma curiosidade. De onde surgiu esta sobremesa?
Falemos inicialmente sobre o nome de origem. “Romeo and Juliet”, tragédia escrita entre os anos de 1591 e 1595 por William Shakespeare – provavelmente no início da brilhante carreira do mais influente dramaturgo do mundo – fala sobre dois adolescentes cuja morte acaba unindo Capuletos e Montecchios, duas famílias rivais da cidade de Verona, que outrora estavam em pé de guerra.
Explicada esta parte, vamos para a associação do famigerado romance com a saborosa sobremesa. Tentei fazer uma pesquisa e não consegui determinar qual a origem deste vínculo. Alguns dizem que os búlgaros começaram a comer queijo com doce, e que a troca por goiabada – este sim, tipicamente brasileiro, surgido a partir da necessidade de conservar o fruto – acabou por ser algo natural. Já outros, dizem que sua origem se deu na época do Brasil colonial, especificamente para os lados de Minas Gerais.
Uma coisa que achei interessante, foi que em alguns lugares, vi que as pessoas associavam os dois ingredientes aos dois célebres personagens da seguinte maneira: O queijo salgado e a goiabada doce, díspares, tal qual eram as famílias rivais, tiveram em sua união algo sublime. A harmonia do salgado Romeu com a doce Julieta afrontou e derrotou o óbvio. E falando sobre a sobremesa, desta saborosa união surgiu uma variedade de doces, tortas, sorvetes e... Pudim!
Como falei, fiz algumas alterações na receita que vi originalmente. Quem já experimentou adorou e muita gente já me pediu a receita! Por isso, aqui está. Basta clicar aqui que eu te passo agora o passo-a-passo.

Forte abraço, beijo e até a próxima!  •