quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

PARABÉNS, SÃO PAULO!

São tantos os adjetivos usados para definir uma das maiores cidades do mundo, mas acredito que um dos principais seja “ansiedade”, principalmente pela vontade em se fazer tudo e ao mesmo tempo. Pra você que nunca foi a São Paulo e já ouviu a expressão “cidade que nunca dorme”, acredite, é a mais pura verdade.
Pra ser bem sincero, num primeiro olhar ela até assusta. Tente visualizá-la de cima de um prédio ou do alto de algum morro e você verá um mar de construções que não tem fim. Parece que a cidade não acaba. E não acaba mesmo! Ela emenda com outras, o que faz dela ainda mais imponente, enérgica.
Avenida paulista e o mar de prédios que a envolve

São mais de vinte milhões de pessoas que se revezam em deixar São Paulo um organismo gigantesco e imparável. Lugar que tem tudo, que abriga tudo, que acolhe a todos. Cidade cinza? De longe... – na verdade existe uma faixa de poluição que paira sobre a cidade que é assim – Mas um olhar de perto revela que na realidade São Paulo é preto, branco, amarelo, vermelho... Colorida!
E o que dizer da universalidade de sabores? Dar uma volta ao mundo é fácil! Imagine algo que você pensa em comer, algo de qualquer parte do mundo... Imaginou? Pois é, lá você encontra – e a qualquer hora! –. Só que em meio a sabores inimagináveis, existe um que carrego o tempo todo em minha memória: Pastel com caldo de cana na feira. O sabor, o barulho, o ambiente... Hummm...
Vista interna do Mercado Municipal
Cultura é o que não falta. Museus, shows, exposições... A cidade inspira e expira arte. Apenas em andar pelo centro de modo observador, qualquer um pode ver que está em um lugar histórico. Um dos meus favoritos é o Mercado Municipal (foto).

Ônibus, metrô, carro, motoboy... Tem de tudo! Motivo de mais ansiedade e nervosismo. Ir rapidinho a algum lugar? Esquece. É muita gente pra um só lugar. Nesse quesito, tudo é uma maratona.
Outra coisa que não há de se negar é que todas as estações do ano ocorram no mesmo dia. Já passou frio, calor, viu chuva e sol tudo de uma vez? Lá você encontra. Foi-se o tempo em que São Paulo era a terra da garoa.
Nasci e cresci em São Paulo. Tenho raízes lá. Já morei em outras capitais, mas só São Paulo sabe ser acolhedora, pois é de todos. Mas como nada é perfeito, tem seus encantos, mas tem seus defeitos – e não são poucos. Terra pra quem aguenta o tranco, pra quem busca oportunidades, pra quem espera.
Poderia ficar horas falando de São Paulo, mas vou resumir. Sendo assim, parabéns pelo aniversário e um beijo deste filho que mesmo de longe tanto te admira e até sente falta. Quem sabe eu volto logo? •

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM AS PESSOAS?

JÁ FAZ UM TEMPO QUE VENHO tentando mudar alguns hábitos, especialmente o de não reclamar. Depois que ouvi que eu reclamava de tudo, decidi que era hora de me policiar, aproveitei o gancho e procurei observar minhas atitudes. Só que com isso, comecei a observar as ações de todos ao meu redor, e pude prestar atenção que o povo de maneira geral é “reclamão”, rude, não é receptivo a ideias, pessoas novas e muito menos à proatividade alheia. Pode parecer grosseiro de minha parte, mas é bem isso que tenho observado.
Quer ver só? Esses dias eu estava no mercado que vou de costume. Toda vez que chego lá, converso com todos. Seguranças, funcionários, açougueiros, balconistas... E até mesmo alguns clientes, já que muitas vezes nos “esbarramos” por lá. Os donos sempre estão no caixa e sempre simpáticos, conversadores e atenciosos. Assim que cheguei, um deles estava lá e como de costume, cumprimentei-o, e mesmo tendo passado alguns dias após o réveillon, desejei-lhe um feliz ano novo. Para manter a educação, estendi a mão e fiz o mesmo com uma senhora que eu não conhecia, e que estava no caixa passando suas compras. Além de apenas responder com um breve aceno e um olhar frio, ela me deixou com a mão estendida. Somente após o dono do mercado franzir a testa é que ela pegou em minha mão, mas não disse nada. Sem graça, segui meu rumo, mas logo recebi o carinho de um dos funcionários, que presenciou a cena – o rapaz se indignou, mas eu ri. Talvez de vergonha...
Mas não é apenas da atitude daquela senhora que estou me referindo. Eu poderia citar outros exemplos, como de amigos e pessoas próximas que eu fiz de um tudo para que se aproximassem tanto de mim quanto de outros amigos, mas que no final, recebi a frieza da individualidade e até me fizeram alvo de falácias. Logo a mim, cidadão paulistano que tem a fama de não conversar com vizinho de porta...
E olha que nem falei de modo geral. Bastam cinco minutos com a televisão ligada no canal certo – ou seria errado? – que meu dia vai para o espaço. Roubos, assaltos, morte e uma série de coisas ruins que são decorrentes de egoísmo, inveja e orgulho. Não que eu queira viver ou pregar algo utópico, mas prefiro ficar longe de notícia ruim... Você se lembra daquela famosa frase de desenho animado: “Adeus, mundo cruel...”? Ao que me parece, o mundo está cada vez mais cruel mesmo...
No fim das contas, cá estou reclamando, né? Sim, mas desta vez, de modo proposital. Não por uma questão de desabafo, até porque, sou resolvido nessa parte – sou daqueles que se você quer ser meu amigo, ótimo, se não quer, siga sua vida que eu sigo a minha e tá tudo certo... – o intuito é que as pessoas, como você, meu caro leitor, atentem nas outras pessoas. Deem ideias, aceitem ideias, façam sem esperar, sejam amistosos, divirtam-se, sejam pacientes, amem-se a si mesmos e aos outros, mas acima de tudo, saibam que o direito de um está quando termina o direito do outro. O conselho é para todos nós.

Obrigado, de nada.