Dia
desses, eu mandei um áudio em um grupo de WhatsApp dos meus amigos de infância
dizendo que estou lançando um livro sobre a relação que temos com o dinheiro,
quando um deles me pediu para fazer uma projeção econômica para os próximos
tempos. De imediato mandei outro áudio, de quase quatro minutos, tentando
explicar um pouco desse emaranhado de manobras que se correlacionam entre si
chamado economia. Como vi que ainda assim ficou confuso, mandei outro de poucos
segundos resumindo tudo (por mais simplista que possa parecer, salvo casos de
extrema pobreza, o impacto da economia em cada pessoa só depende de como elas
lidam com seu dinheiro sem esperar nada do governo. Quem se prepara mais, chora
menos).
Bom, não sou economista, mas como escrevi um livro tentando traduzir a
sopa de letrinhas para português claro, acho que vale aqui dar uma amostra de
que o básico da economia é algo que qualquer pessoa pode entender, desde que simplesmente
preste atenção.
Obviamente não estou falando sobre as teorias fantásticas que
envolvem cálculos gigantescos, mas do básico do básico, e é isso o que meu novo
livro propõe. Uma vez que se entende que basicamente o que move a economia a é
a lei da oferta e da procura – que diz que quando a produção de bens e serviços
se torna maior que a necessidade que o consumidor tem de comprá-los, as
empresas baixam os preços como forma de reduzir seus estoques, isto é, quando
há um aumento na quantidade das coisas no mercado, os preços caem. E vice-versa
–, as coisas começam a clarear mais, o entendimento fica mais fácil.
Só que
existem muitas pessoas para confundir, afinal, algumas delas até ganham
dinheiro (e muito) com isso. Um dos exemplos de confusão está no sobe-e-desce
das cotações das ações, nas Bolsas de Valores, e de moedas como o dólar, nos
mercados cambiais. Muitas pessoas acham que isso é reflexo puramente econômico,
quando na realidade é algo muito mais ligado às questões políticas.
O índice da
Bolsa de São Paulo, o Ibovespa, simplesmente mede o desempenho médio de uma
carteira teórica em que estão listadas ações mais negociadas de empresas de
capital aberto com papéis negociados lá. Dentre eles estão dois bancos, duas
empresas exportadoras de commodities, uma empresa do setor de consumo não
durável e a empresa da própria Bolsa, ou seja, está longe de refletir as reais
tendências da economia.
Já o PIB, que mede o quanto o país produz, mesmo que
por empresas estrangeiras, mas em solo brasileiro, esse sim mede a economia e
está dando sinais negativos e com projeções bem baixas.
Resumindo, a Bolsa pode
voar e a taxa de câmbio cair, mas a atividade econômica pode estar longe de se
recuperar. Quer saber um pouco mais? Eu te conto! •
Esse artigo também foi publicado no Jornal de Uberaba e o no Portal Uberaba Online em Junho de 2020.
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