Somos ou estamos intolerantes? E nossas crianças? Será que estamos
educando corretamente sobre o que é democracia? Já ouvi uma vez que a
humanidade tem tendência a odiar o que é diferente. Se essa é uma verdade, não
sei, mas que isto está cada vez mais evidente, incontestável.
Fala-se em guerra, hasteiam-se bandeiras, pessoas fardam-se com uniformes
em cores facilmente identificáveis enquanto bradam suas opiniões em meio a,
muitas vezes, expressões pejorativas àqueles de opinião contrária. Nas ruas, o
sentimento de discórdia impera. Não foi uma ou das vezes que nos deparamos com
a notícia de mais uma contenda que chegou à via de fato entre manifestantes que
apoiam ou se opõe ao atual governo.
Engana-se, porém, quem acha que isso é algo que parte de baixo pra cima. Enquanto
a Presidente da República declara que “não
se une o país destilando ódio, rancor, raiva e perseguição”, seu mentor e também
ex-presidente, declara abertamente aos quatro cantos em alto em bom som,
palavras belicosas como: “(...) se os
coxinhas ‘aparecer’ vão levar tanta porrada que eles nem sabem o que ‘vai
acontecer’.”.
É isso mesmo que você quer ensinar ao seu filho? |
Enquanto isso, vemos circulando pelas redes sociais, coisas como essa imagem, de uma mãe que além de incentivar o filho à cólera, faz apologia ao ódio. E não é a única insana a fazer isso. Não faz muito tempo que uma mãe postou um vídeo – que já foi devidamente removido – com o filho de apenas cinco anos repetindo como um papagaio de pirata, palavras de infâmia contra o ex-presidente.
A pergunta para todos nós é: “Até
quando seremos coniventes com esse tipo de crime?”. A única resposta que eu
sei é que a diferença pode ser iniciada a partir de nós, quando quisermos. E rogo
para que queiramos logo.
Mas não adianta apenas apregoar palavras bonitas. Precisamos viver de
modo condescendente. Ser mais bondosos, pacientes e principalmente tolerantes
com aqueles que não partilham das mesmas opiniões que as nossas. Faça a sua
parte. Comece agora.
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